Kasherut



A Culinária para a Alma

Todos gostamos de pratos bem confeccionados, bem apaladados mesmo quando sabemos que nos faz mal, sabem tão bem!! Quando pagamos pelos nosso excessos somos forçado a mudar de hábitos e a fazer dieta, para que os alimentos fiquem mais apelativos e não nos custe tanto come-los pomos umas ervinhas aromáticas, misturamos sabores e vamos aprendendo a gostar de novos paladares mais saudáveis e assim preservamos a saúde, temos novos cuidados para nos mantermos saudáveis o maior tempo possível. 
E Se pensarmos na nossa alma será que também temos estes cuidados?
Sabemos detectar quando está doente?
O pecado é “o prato apaladado” que nos sabe tão bem e nos faz tão mal!! Quando nos sentimos desanimados, com a inveja dos demais, quase desesperados, tal como num beco sem saída. Isto é porque a nossa alma está a desmaiar de fraqueza, os nossos excessos  e “mergulhos no pecado”, deixaram-nos completamente exaustos e tal como somos forçados a mudar de hábitos como no nosso corpo também deveríamos “pôr ervinhas aromáticas”, o arrependimento, o pedir perdão, voltarmos-nos para HaShem O nosso amigo MAIOR e pedir-lhe que nos dê força para mudarmos os nossos hábitos e mudando-os fazendo do Sacrário o nosso prato principal alimentando-nos da Hóstia Santa nossa Matzáh e veremos que a nossa alma se tornaria robusta e cada vez mais saudavel, PORQUE QUEM EXPERIMENTA DEUS JAMAIS O QUER LARGAR, e assim feliz e alegre irá um dia deleitar-se jundo do seu amado Criador nosso D-us para Sempre.!!!
Peça-mos ao senhor ADONAI a graça da Fé e Esperança.

por Ilda Guerreiro

Porque comer Kosher?
 
Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados...que são sombras das coisas vindouras; mas o Corpo é de Cristo...
Abordamos aqui uma série de pensamentos, atitudes, tradições que nos aproximariam mais da igreja de Yeshua (Jesus) no primeiro século. Mas, em termos de costumes o que poderiamos questionar?
É bom ressaltar que numa comunidade Hebreu-Católica, que é parte do Corpo de Cristo, todos os tópicos que serão mencionados são comuns e de uso constante. Pois, partimos do pressuposto que um judeu quando reconhece Jesus como o seu Messias, não deixa de ser judeu. Ele continua judeu, porém agora crente em Jesus. Da mesma forma que um não judeu quando se converte a Jesus, ele não deixa de ser gentio, mas continua gentio. Conforme Efésios capítulo 2, todos são agora da Família de D-us: Judeus e gentios em Cristo. Mas, Jesus, Paulo, Pedro e todos os discípulos judeus quando se converteram a Jesus, também não deixaram de ser judeus e continuaram a viver como Judeus. Vemos isto em Actos 21:20. Mas, por outro lado, vemos Paulo em Gálatas exortando os judeus que queriam judaizar os gentios dentro do peso da lei, no legalismo da lei. Sabemos pela bíblia, que o gentio foi enxertado na Oliveira que é Israel e que agora faz parte dele, participando da mesma seiva, das mesmas bênçãos.
Mas, a pergunta que se faz agora é se a igreja de Jesus, ou se um membro do Corpo de Cristo, não judeu, poderia participar ou praticar certos costumes dados somente aos judeus? 
Vemos claramente na Bíblia que um judeu crente não deve viver com gentio e deve viver como judeu, guardando seus mandamentos, estatutos e ordenanças dadas perpétuamente a eles. 
Mas, vemos no Antigo Testamento em várias passagens que todos os estrangeiros que se juntavam aos judeus podiam viver como judeus.
Os cristãos não hebreus (ou gentios) estão livres, sob a graça de D-us, para seguir qualquer estatuto ou ordenança dadas somente ao povo judeu, como por exemplo, a adopção das regras alimentares de Levítico 11. 
Tal como os hebreu-católicos de Israel procuramos seguir o cardápio bíblico ou seja a comida “Kasher”. Mas, nem toda comida kasher que um judeu ortodoxo come é bíblica. Pois, os rabinos exageraram bastante nessa área e ultrapassaram os princípios bíblicos. Portanto, nos restringimos apenas às recomendações bíblicas. Fazemos por fé e D-us nos abençoa e recebemos a saúde de D-us, pois, foi o próprio D-us que escreveu sobre alimentação.
  • Vegetais, Frutas, hortaliças, grãos, cereais,massas,refrigerantes,café,chá e açúcar são 100% kasher.
  • Lacticinios, como leite, queijos, são Kasher, mas não misturar com carne de mamífero.
  • Peixes, Somente peixes que tenham barbatanas e escamas são kasher, os outros são impuros, então excluímos os crustáceos, ostras, lulas, pólvos etc. Existem peixes que têm barbatanas, mas não possuem escamas, por isso não é Kasher (Não se deve consumir o bagre, pintado, cação, caçonete, raia, moréia, peixe-espada, peixe-porco, peixe-serra, camarão, carangueijo, etc.)
  • Carnes, só dos que têm cascos fendidos e ruminam. Alguns tem o casco fendido e não ruminam como o porco e devem ser excluídos, assim como primatas, caninos, felinos e paquidermes. Com o quê ficamos? Com as vacas, bois, cervos, ovelhas e carneiros.
  • Áves, praticamente galinhas, patos, perus e pequenos grasnadores inofensivos, deixe de fora as aves de rapina, águias, gaviões, corujas, abutres, cegonhas, etc.
  • Bebidas, O vinho e o sumo de uva, mais do que qualquer outra bebida, representam a santidade do povo judeu e Católico, portanto o vinho, o sumo de uva e o vinagre de vinho são kasher. A maioria das cervejas, vodkas e uísques puros não costumam apresentar problemas, devendo ser consumidos, claro, com máxima moderação, pois o Eterno condena a embriagues bem como a gula.
Texto de Marcelo Guimarães

OS PORQUÊS DO JUDAÍSMO  O que é comida kasher?

O que qualifica um vinho como kasher?
Em primeiro lugar, todos os indivíduos que trabalham na produção do vinho, desde a extração do suco das uvas até o engarrafamento, devem ser judeus observantes. As uvas só podem ser colhidas da videira no quarto ano de vida da planta, assegurando assim a produtividade futura da mesma. No final da colheita, um por cento da safra de uvas tem que ser jogado fora, como uma recordação simbólica da dízima na época do Templo.
Todo o processo de fabricação é supervisionado por um mashgiach, um inspetor religioso.
O que são alimentos parve?
São alimentos "neutros", tais como frutas, verduras, peixes e ovos, os quais podem ser servidos tanto com carne quanto com laticínios. 
O que é comida kasher?
O termo "kasher" significa genericamente "apropriado para o uso ou consumo". Mais especificamente, denota um alimento permitido pela lei judaica.
Em contraste, designam-se por treifá os alimentos proibidos.
Todas as leis alimentares judaicas (leis de kashrut) derivam de preceitos bíblicos, a maior parte dos quais são enumerados no capítulo 11 do Livro de Levítico.
Por que os judeus compram carne em açougues especiais?
A Toráh reconhece implicitamente que o ideal seria o vegetarianismo. No Jardim do Éden, que é a representação bíblica da Utopia, o homem devia alimentar-se exclusivamente de frutos e vegetais. Mais tarde, numa espécie de compromisso realista com o ideal vegetariano, a Torá permitiu o consumo de carne, limitando porém o número de animais que poderiam ser consumidos. Ao mesmo tempo, o Judaísmo estabeleceu leis específicas para o abate do animal, visando evitar-lhe qualquer sofrimento desnecessário.
O abate é feito por um profissional especializado, o shochet, segundo um ritual prescrito, a fim de que a morte do animal seja a mais rápida e mais indolor possível.
Mais ainda, a Toráh proíbe o consumo do sangue dos animais e aves, "porque a alma de todo ser vivo está no sangue" (Levítico 17:11). Portanto, todo o sangue tem que ser extraído da carne antes do cozimento. Isto pode ser feito em casa, porém envolve um processo bastante trabalhoso e rigoroso: a carne tem que ser lavada, posta de molho por certo tempo, depois esfregada com sal grosso e finalmente enxaguada. Os açougues especializados já vendem a carne pronta para o cozimento.
Por que os judeus não comem camarões?
"Entre os animais que vivem na água, eis os que podereis comer: todos aqueles que têm barbatanas e escamas" (Levítico 11:9). Excluem-se portanto todos os crustáceos e moluscos.
Por que os judeus não comem carne de porco?
A proibição está claramente expressa no capítulo 11 do Levítico: "Entre todos os animais da terra, eis os que podereis comer: aqueles que têm os cascos fendidos e que ruminam (...) O porco, que tem os cascos fendidos, mas não rumina, é impuro."
Por que se recita uma bênção após as refeições?
A lei tem origem no Livro de Deuteronômio "Quando comeres e estiveres saciado, louvarás ao Senhor teu Deus." Expressamos nossa gratidão a Deus por tudo que Ele nos deu.
Na verdade, a bênção após as refeições (Birkat HaMazon) é composta de quatro partes. Primeiro, agradecemos a Deus por nos dar os meios básicos de subsistência física, mesmo nas circunstâncias mais adversas. Segundo, agradecemos a terra que Ele deu ao Povo de Israel para que possamos extrair do nosso próprio solo os alimentos que necessitamos - ressaltando assim o elemento de segurança e dignidade. Terceiro, agradecemos a Deus por nos alimentar não só fisicamente, mas também espiritualmente, e pedimo-Lhe que reconstrua a Cidade Santa. E, finalmente, expressamos nossa gratidão pela Sua bondade que nos permite superar quaisquer calamidades.
Por que é proibido pela lei judaica comer carne e leite na mesma refeição?
A separação entre a carne e os alimentos derivados do leite é um preceito básico das leis de kashrut. Esta prescrição tem origem na injunção bíblica: "Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe" (Êxodo 23:19). As comidas preparadas à base de leite, manteiga, queijo, etc. não podem ser servidas numa refeição em que haja carne.
Após comer uma refeição de carne, é necessário aguardar um certo tempo antes de poder comer laticínios. O prazo varia de acordo com o costume local: os judeus da Europa Oriental esperam seis horas; os da Europa Ocidental esperam três horas; para os judeus holandeses bastam 72 minutos.
Mais ainda, os pratos, talheres e panelas utilizados para preparar e servir carne não podem ser usados para leite e seus derivados, e vice-versa. Além disso, os utensílios devem ser lavados separadamente.
Qual a razão fundamental das leis de kashrut?
Uma das interpretações mais deturpadas sobre as leis de kashrut é que elas foram instituídas como medida sanitária. Assim, por exemplo, a carne de porco teria sido proibida porque ela pode transmitir a triquinose. Isto não é verdade.
A própria Torá explica, em linguagem simples e direta, a razão das leis alimentares: "Pois Eu sou o Senhor, vosso Deus. Vós vos santificareis (...) e não vos contaminareis (...) Sereis santos porque Eu sou santo" (Levítico 11:44-45).
Os rabinos da era talmúdica frisavam que não hà nada de errado, do ponto de vista biológico e sanitário, com os alimentos não-kasher. O judeu tem que se abster de comê-los, não porque façam mal à saúde, mas sim porque a lei divina é suprema, mesmo que esteja além dos limites da compreensão humana.
A única razão para as leis de kashrut é o conceito ético de santidade, E a santidade pode e deve ser ressaltada mesmo nos aspectos mais mundanos do dia-a-dia. Nenhum ato é insignificante. Cada vez que preparamos ou comemos um alimento kasher, estamos aprendendo algo sobre a reverência pela vida. Quando ingerimos um pedaço de carne kasher, conscientizamo-nos que o animal é uma criatura de Deus e que a morte dessa criatura não pode ser tomada com leviandade, pois todo ser vivo traz dentro de si uma centelha divina.
Isto é Kedushá, santidade: "Farás da tua mesa um altar ao Senhor" (Talmud Brachot 55a).

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